sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Um novo caminho para nós...

Procurando desesperadamente quem, aqui em Fortaleza/CE, trabalhasse especialmente com crianças autistas, encontramos uma psicoterapeuta com jeitinho de menina, amável, mas que pela primeira vez nos passou segurança, entendimento do assunto e muita esperança. Dra. Juliana Bezerra. Nesse primeiro momento, fomos somente eu e meu marido para a consulta.

Ela nos falou do luto em que vivemos quando descobrimos o autismo em nossas crianças, toda a expectativa de um filho "perfeito" que vai por água abaixo, foi impossível não segurar o choro, era exatamente assim que estávamos nos sentindo.

É um período que passa, DEVE PASSAR. Ficar chorando ou lamentando, de nada adianta. É preciso levantar a cabeça e seguir em frente. Afinal, qual é o conceito de FILHO PERFEITO? FILHO PERFEITO É AQUELE (para os que acreditam) QUE DEUS NOS DÁ.

Estou super ansiosa para o primeiro dia de terapia do Mateus, sei que ainda há um longo e misterioso caminho a ser percorrido, mas não tenho mais medo.

A Dra Juliana vai nos auxiliar no que for preciso, conversando com o pediatra do Mateus, com a neuropediatra, com pessoas próximas ao Mateus, que sejam referência para ele, como por exemplo, minha sogra. A ZOZÓ. Até com a minha terapeuta ela vai conversar. Vai trabalhar junto com o colégio (e terá liberdade para nos aconselhar caso ache que lá não é a melhor opção para o caso dele). Vai nos indicar profissionais, que assim como ela, tem conhecimento no assunto, psiquiatra, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga. Não basta somente tratar a criança. Ela precisa de todo um ambiente favorável para seu desenvolvimento, para ser compreendida e inserida na sociedade, com o mínimo de sofrimento possível.

Sofrimento, infelizmente, deverá existir em algum momento, fazemos parte de uma cultura de exclusão desde que o mundo é mundo, a lei da vida é implacável, e, teoricamente, só os mais fortes sobrevivem. Somos preconceituosos e ignorantes por natureza. Bullying, piadinhas, comentários desagradáveis, constrangimento... Devemos passar por cima de tudo isso, por um bem maior que é o nosso filho. O nosso TUDO.

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